quarta-feira, junho 18, 2008

POESIARTE EM FOCO DE KÊNIA BASTOS


A poesiarte apresenta: Kênia Bastos. Natural de Campos dos Goytacazes-RJ. Nascida em 23 de março de 1973. É membro correspondente da Academia Brasileira de Poesia. Poeta e ativista cultural pelo mundo virtual.

Vejamos uma poesia de sua autoria:

Fonte de inspiração


É teu
É minha
Nossa história
Que em capítulos se faz
Feito pétalas da vida

É toque
É energia
É mistério
É química
O sentimento do amor
Transposto feito rimas

É luz
É sedução
É calor
É inexplicável paixão
Sua alma vestida
De desejos e sonhos
Com olhar sedento de amor

É noite
É dia
É primavera florida
Que emana intenso frescor

É sol na escuridão
É temporal divino
É dilúvio do instinto
É delírio das limitações

É a suprema delicadeza
Que move o horizonte
Da minha total visão

É lua brilhante
É estrela cadente
É presença terna
Envolvente
Que absorve todos os segundos
Da minha memória
E dela faz força imanente
Da minha fonte de inspiração...

(Poeta Kênia Bastos)

*Seu site: http://kenyabastos.blogspot.com/

domingo, junho 01, 2008

POESIARTE EM FOCO DE DANIELA BARBOSA


A poesiarte apresenta: Daniela Barbosa. Natural de Cabo Frio-RJ. Nascida em 08 de junho de 1974. Auxiliar de biblioteca da Biblioteca Municipal Walter Nogueira de Cabo Frio-RJ. É amante das artes e aprendiz da poesia. Uma revelação na poesia cabo-friense.

Vejamos um poema de sua autoria:




POESIA NO BECO


Poesia no beco eu faço bem
Não penso no ritmo, na rima ou na estética
Eu faço por fazer, por desejo, por prazer
Ando nos becos por andar, vagando à procura das trevas

Poesia no beco eu faço sempre
Depois de um dia normal, o beco é meu refúgio
Onde eu me escondo dos brilhos, da pressa, do rush
Guardo nele minha vida, meus pensamentos sujos

Poesia no beco eu faço de graça
Sento na lixeira e brinco com sombras macabras
Pouca luz, pouca vida, poucos sons chamados humanos
Aqui reina a paz, entre meios-fios fétidos e paredes desbotadas

Poesia no beco eu faço cantando
Desafinadamente livre, numa dança desenfreada
Girando nos pés descalços, lama, lixo e fumaça
Num êxtase de versos e falsas rimas descompassadas

Poesia no beco eu devoro com ardor
Mergulho no colo úmido dos atores da noite arredia
Deito-me nos olhos perdidos dos viciados
Deleito-me nos seios tristes das mulheres vazias

(Daniela Barbosa)