A poesiarte apresenta: Nelita Teixeira. Poeta cabo-friense.
Vejamos um de seus poemas:
"A Chaminé"
Região de muita terra!
Um rio, montanhas e prados.
Aqui viviam dois povos,
Os puris e os coroados.
Região de muita terra!
Um rio, montanhas e prados.
Aqui viviam dois povos,
Os puris e os coroados.
Nesta imensa região,
Outrora "Sertão Bravio",
Depois mui ricas fazendas,
de café era o plantio.
Outrora "Sertão Bravio",
Depois mui ricas fazendas,
de café era o plantio.
O gado e as plantações,
O progresso ia chegando.
O engenho de açúcar
A minha gente empregando.
O progresso ia chegando.
O engenho de açúcar
A minha gente empregando.
Quando eu fui construída,
Em mil novecentos e três,
Fui orgulho do meu povo,
Como hoje, de vocês
Em mil novecentos e três,
Fui orgulho do meu povo,
Como hoje, de vocês
Assisti toda mudança.
As ruas sendo calçadas,
Luz elétrica chegando,
Nas casas, água encanada.
As ruas sendo calçadas,
Luz elétrica chegando,
Nas casas, água encanada.
E o movimento aumentando.
Máquina pra todo lado.
Mineiros e nordestinos,
Trabalho tinham um bocado!
Máquina pra todo lado.
Mineiros e nordestinos,
Trabalho tinham um bocado!
Perguntei: que será isso?
Que reboliço, afinal!
O progresso ali estava:
Siderúrgica Nacional.
Que reboliço, afinal!
O progresso ali estava:
Siderúrgica Nacional.
Tudo foi sendo mudado.
Nem gado e nem café.
Muita coisa derrubada,
Só eu continuo em pé!
Nem gado e nem café.
Muita coisa derrubada,
Só eu continuo em pé!
E o povo participando
Com muita animação.
Por causa da CSN,
veio a emancipação!
Com muita animação.
Por causa da CSN,
veio a emancipação!
Quem mais marcou seu progresso
Foram os trabalhadores.
Operários conscientes
De direitos e deveres
Foram os trabalhadores.
Operários conscientes
De direitos e deveres
Eles fizeram a história
Sou testemunha e dou fé.
Quem lhes fala esta verdade,
É o marco histórico: a Chaminé.
Sou testemunha e dou fé.
Quem lhes fala esta verdade,
É o marco histórico: a Chaminé.
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