A poesiarte apresenta: Alberto da Cruz. Poeta de Angra dos Reis-RJ.
- Vejamos um poema de sua autoria, que participou do concurso da comunidade Vale das Sombras da poeta Ana Lopes (Me Morte):
Sombras
Olhos funestos a vagar no nada.
Figura sombreada à beira da amargura.
Traços da loucura perpetuando n’alma.
Idílio sem calma à noite escura.
Sombras sombrias, sombrias sombras
Arrastam seu vulto ao umbral da alcova;
Gemem frenéticas ao som funéreo;
Cravam a escuridão no ser descontente.
E nos olhos baços a lágrima escorre
Soturnamente lírica qual no Musset
A arruinar o coração aflito
Que bate à espera de alguém.
Pálida figura dos olhos meus,
Vagas no jardim ermo da morte...
Tal minha imagem aflita
A ranger as correntes da dor.
Figura dilacerada de paixões,
Canta teu fado mofinado
Ao som do bardo arruinado
No calabouço fúnebre das emoções.
(Poeta Alberto da Cruz)
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