terça-feira, abril 19, 2022
Lançamento do livro Diário de um Albanês de Rodrigo Poeta
segunda-feira, janeiro 10, 2022
Entrevista com o artista plástico Joel Cocenza por Rodrigo Poeta
*Nome: Joel Cocenza.
*Nome artístico: Joel Cocenza & Cosenza.
*Data de nascimento: 25/02/1948.
*Cidade de origem: Ponta Grossa/PR.
*Cidade atual: Rio de Janeiro/RJ.
*Profissão: Artista plástico e escultor.
1-Como nasceu seu envolvimento com as artes?
Em 2017 começou a fazer Orgonites, depois esculturas e pinturas.
2-Quais são suas influências artísticas para escultura concreta Quais?
Inspiração. maneja vários mestres.
3-Como é o seu processo de trabalho em suas pinturas em tela?
Eu começo a pintar, quando vejo a tela está pronta, pronta.
4-Além das esculturas e telas há outra influência artística? Explique.
Tenho influências artísticas, tenho estilos e núcleos.
5-Qual sua ótica em relação às artes plásticas no Brasil?
A artes plásticas no Brasil precisa mais de apoio aos novos artistas.
6-Existem novas referências artísticas no mercado brasileiro? Quais são?
Eu diria que tudo está muito parado em função a COVID-19.
7-Conte um pouco de suas experiências e encontros com artistas de diversas áreas em seu tempo de jornalistas?
Como jornalista teve acesso a vários lugares e acontecimentos. Conheci artistas plásticos e músicos.
8-Existe algum projeto a ser feito de forma itinerante? Explique.
Eu sou cigano, gosto de viajar. Quero preparar um ônibus e sair pelas estradas e cidades vendendo o meu trabalho.
9-Uma referência literária? Explique.
José do Patrocínio. Não precisa dizer mais nada.
10-Deixe uma mensagem para os nossos leitores.
Se você quer conseguir algo com seu trabalho. Tenha fé, perseverança e regularidade.
Entrevista com o escritor Antônio Torres da Academia Brasileira de Letras por Rodrigo Poeta
1 – O que despertou você para a Literatura?
- Foi um caso de amor à primeira leitura, na escola da minha infância, na qual todo dia era dia de recital de poesia de Olavo Bilac (“Criança, não verás país nenhum como este”...), Castro Alves (“Auriverde”) pendão da minha terra/ que a brisa do Brasil beija e balança Não...), Gonçalves Dias, Casimiro de Abreu (“Ai que saudade que eu tenho/ da aurora da minha vida”...), este pode levar à pergunta: como os meninos viriam a ter saudade da aurora de uma vida na qual ainda estavam? Mas não. O encanto que tais leituras traziam superava qualquer estranhamento. Nesse contexto, que seria um rabiscar os meus textos, que guardava o colchão da cama em que iria passar, com medo da vergonha, um adulto menor.
2 – Como nasceu o seu primeiro livro, “Um cão uivando para a Lua”?
- Ao visitar um amigo que estava internado num hospital, e sendo tratado com eletrochoques, senti um forte abalo emocional, provocado não só pelo que estava passando, mas por todo o ambiente ao seu redor. Ao voltar para o aparelho, pus no aparelho, um disco do trona de Davis lancinam, cãozinhos canção chamado para um cãozinho chamado para tocar uma terna “My funny Valentine trazer à memória a Lua. Foi aí que me surgiu a ideia de escrever a história de um doido a bater papo consigo mesmo o tempo todo. Oito meses depois eu tinha um romance nas mãos, que veio a causar um grande impacto na crítica e no público, lá se vão quase 50 anos. Tudo que me aconteceu depois foi uma consequência imediata, nas palavras de Aguinaldo Silva, na primeira resenha publicada sobre “Um cão uivando para a Lua”.
3 – No livro “Meu Querido Canibal”, como foi feita a pesquisa sobre o grande Cunhambebe?
- Aos retalhos: uma linha aqui, outra ali. Como Cunhambe dominava, a sua epopeia a escrita ficou aos verbetes dos brancos. Para contar a história dele tive de fazer um grande de reportagem, ao mesmo tempo em que dava asas à imaginação, pois, como não dispunha de elementos para escrever uma biografia, naveguei pelas águas ilimitadas do romance.
4 – De Sátiro Dias, cidade do interior baiano, para imortal da Academia Brasileira de Letras. Descreva o seu passado, presente e futuro de sua vivência.
- O levou a experiências que ainda me noutrem no presente, este tempo em suspenso em que uma pandemia sobreviverá, entre uma pandemia, e um futuro pandemônio, e qual futuro sobreviverá, para chegar ao futuro e boas histórias a serem bem contadas.
5 – Qual dos seus romances você mais se identifica?
- O que acaba de ser publicado, “Querida Cidade”. Estou todo, tanto na pele e na alma do seu protagonista, quanto de muitos dos personagens secundários, embora não se trate de um romance autobiográfico, e sim de uma narrativa com espaço total para a fabulação e a busca da corrente invisível rítmica do texto, o que, afinal, faz parte integral das minhas obsessões.
6- Qual sua análise sobre a Literatura no Brasil atualmente?
- Pelos muitos livros e livros excelentes que chegaram, deduzo que a nossa vai muito bem. Assim por alto, ao correr das teclas, cito os romances “esta terra nada vai sobrar, a não ser o vento que sopra sobre ela”, de Ignácio de Loyola Brandão; “Um dia chegarei a Sagres”, de Nélida Piñon; “As meninas do coronel”, de Aramis Ribeiro Costa – um extraordinário romancista baiano ainda a ser descoberto no Sudeste -; “Terra fortaleza; de Eltânia André uma bela mineira no ponto para ser lida Brasil afora e afora incluo no mesmo caso o premiado Maurício Melo Júnior, de Pernambuco, de quem está lendo “Não me empurre para os perdidos”, seu 24º. livro, e segundo romance. Por fim, mas não por último, Itamar Vieira Júnior que, com “Torto arado”, se tornou o fenômeno da temporada. No conto, destaco “Todos os desertos: e depois?”, do sempre bom mineiro Ronaldo Cagiano. Fecho a lista com “A Terra em Pandemia”, poema narrativo longo de Aleilton Fonseca, que é também romancista (“Nhô Guimarães” e “O pêndulo de Euclides”), além de contista e cronista. Há mais e mais na minha bancada aqui ao lado, para todos os gostos literários. Viva o escritor brasileiro.
7 – Como prosador, já se aventurou na escrita poética?
- Sim, no começo, quando era o menino queria ser Castro Alves. Ao chegar a adolescência, um professor me disse: “Acho que você vai se melhor na prosa do que na poesia”. Os meus títulos divulgados até agora que ele estava certo. Mas meu fascínio pela poesia continua o mesmo de quando a descobri na escola da minha infância rural.
8 – Conta um pouco sobre o seu novo livro “Querida Cidade”.
- “Querida Cidade” surgiu de um sonho, belamente refletido em sua capa pelo gráfico do artista Leonardo Iaccarino. É o meu 12º. romance, e levou 12 anos para chegar ao ponto final. Acaba de ser publicado pela editora Record e já está em todas as livrarias e também pode ser encontrado na Amazon, que entrega em casa. Foi escrito tendo por mote uma música “Dolores Sierra”, quando diz que quem nasce na roça tem sempre a ilusão de viver na cidade. E resulta numa história cheia de histórias brasileiras. Já há quem diga que é o meu melhor romance. Tomara que seja mesmo.
9 – Deixe uma mensagem para nossos leitores e amantes da boa literatura.
- No país que deu Machado de Assis, Raquel de Queirós, Graciliano Ramos, Jorge Amado, Guimarães Rosa, Clarice Lispector etc., só podemos ter fé e orgulho na nossa literatura. No mais, é como dizia o poeta português Alexandre O'Neill, meu amigo de toda a vida:
“Folha de terra ou papel,
Tudo é viver, escrever”.
*Entrevista também publicada no site Crônicas Cariocas no link abaixo:
segunda-feira, abril 01, 2019
RODRIGO POETA TOMA POSSE NA ACADEMIA DE LETRAS E ARTES DE CABO FRIO
segunda-feira, novembro 19, 2018
Entrevista com a poeta árabe-israelita Dareen Tatour por Rodrigo Poeta
terça-feira, setembro 04, 2018
CINZAS DA OBSCURIDADE POR RODRIGO POETA
à luta para permanecer de pé o Museu do Índio no Rio de Janeiro. A cada ano a cultura perde e os néscios afloram as mazelas construídas pela corrupção política do país.
quinta-feira, agosto 16, 2018
A INTOLERÂNCIA TEM MEDO DA POESIA! POR RODRIGO POETA
“Eu escrevi sobre a injustiça atual,
Desejos em tinta,
Um poema que eu escrevi ...
A acusação usou meu corpo,
Dos dedos dos pés até o topo da minha cabeça,
Porque eu sou poeta na prisão
Uma poetisa na terra da arte.
Sou acusada de palavras,
Minha caneta o instrumento.
Tinta - sangue do coração – testemunha...”
Rodrigo Octavio Pereira de Andrade (Rodrigo Poeta)
Escritor brasileiro
Segue abaixo a tradução do poema de Dareen Tatour em português que a levou a prisão:
Resista meu povo! Resista!
(traduzido e revisado para o português por Rodrigo Poeta na versão em inglês traduzida pelo poeta Tariq al Haydar)
Na minha Jerusalém, vesti minhas feridas
E respirei minhas tristezas para Deus,
Que carregou a alma na minha palma da mão
Para uma Palestina Árabe.
Eu não vou sucumbir à "solução pacífica"
Desde que o veneno se espalhou,
Matando flores da minha casa.
Nunca abaixei minhas bandeiras,
Até que eu os expulses da minha terra.
Eu gostaria que eles se ajoelhassem por um tempo.
Resista meu povo! Resista!
Resista ao roubo do colono.
Destruir a constituição é vergonha,
Que impõe a degradação e humilhação
E nos impede de restaurar a justiça.
Resista meu povo! Resista!
Siga a caravana dos mártires!
Eles queimaram crianças sem culpa,
Quanto a Hadil, eles a denunciaram em público.
Matou-a em plena luz do dia.
Quanto a Maomé, eles arrancaram os olhos,
Crucificaram ele, na dor de desenhada
Em um corpo.
Eles derramaram ódio em Ali!
Começaram os incêndios,
Esperanças queimadas no berço.
Resista ao ataque do colonialista.
Não ligue para seus agentes entre nós,
Que nos acorrentam com a ilusão pacífica.
Não tenha medo do Merkava!
A verdade em seu coração é mais forte,
Enquanto você resistir em uma terra!
Isso tem vivido incansavelmente através de invasões.
Então Ali chamou de seu túmulo:
Resista, meu povo rebelde.
Escreve-me como prosa no agarwood;
Meus restos têm você como resposta.
Resista meu povo! Resista!
Segue abaixo alguns poemas e trechos escritos:
Resistam! Precisamos resistir!
Não importa a tristeza,
O importante é sorrir!
(Isabela Schneider)
Você precisa resistir agora,
Mesmo que esteja difícil.
Sei que é forte o suficiente
E que vai conseguir superar.
Tudo que está complicado
Vai ter um fim
No qual você não imagina.
Tudo irá se ajeitar conforme o tempo.
Apenas resista,
Seja forte.
Resista,
Você é capaz disso.
(Maria Eduarda Bezerra)
Meu povo! Vamos resistir!
Sei que há muitas injustiças,
Mas temos que resistir.
(Ana Karoliny)
Ó meu amado povo
Não desista, resiste!
Resiste meu povo,
Aguente a dor da guerra!
Resiste, meu povo, resiste!
(Caíque Ferreira)
sábado, agosto 11, 2018
NAZARETH DA CRUZ GOMES: A PRIMEIRA POETISA DA REGIÃO DOS LAGOS
Segue abaixo os poemas de Nazareth da Cruz Gomes:
*Imagem do original referente ao poema O Coração escrito em 1894 por Nazareth da Cruz Gomes.
O CORAÇÃO
Põe minha amiga, põe teu peito
tua serena mão.
Ouves?Há dentro dele um carpinteiro
que trabalha de noite e o dia inteiro
pregando o meu caixão.
Vamos! Trabalha mestre! Sim trabalha
a obra sem cessar!
Não deixes a tarefa em abandono!
Vamos! Trabalha mestre eu tenho sono
e quero descansar!
Nazareth da Cruz Gomes
18 de janeiro de 1894
O ritmo do poema é traçado entre assonâncias, aliterações e rimas que afloram no segundo verso de cada quintilha. Assonância relacionada à vogal “a” nos vocábulos da segunda quintilha no primeiro e segundo versos: “trabalha a obra sem cessar!” Aliteração no primeiro verso da primeira quintilha das consoantes “p” e “t”: “Põe minha amiga, põe teu peito...”
A rima é feita na seguinte forma: o segundo verso rima com o quinto e o terceiro verso com o quarto. Como segue:
1ª estrofe da quintilha:
Põe minha amiga, põe teu peito
tua serena mão. (segundo verso)
Ouves?Há dentro dele um carpinteiro (terceiro verso)
que trabalha de noite e o dia inteiro (quarto verso)
pregando o meu caixão. (quinto verso)
2ª estrofe da quintilha:
Vamos! Trabalha mestre! Sim trabalha
a obra sem cessar! (segundo verso)
Não deixes a tarefa em abandono! (terceiro verso)
Vamos! Trabalha mestre eu tenho sono (quarto verso)
e quero descansar! (quinto verso)
*Ensaio feito pelo acadêmico Rodrigo Octavio Pereira de Andrade (Rodrigo Poeta)