sábado, agosto 29, 2009

POESIARTE EM FOCO DE SOLANO TRINDADE



A poesiarte apresenta: Solano Trintade. Natural de Recife-PE. Nascido em 24 de julho 1908. Morreu em 19 de fevereiro no Rio de Janeiro em 1974. Conhecido como POETA DO POVO. Poeta, pesquisador e grande ativista cultural da causa afro no Brasil.

*No ano de 1934 idealizou o I CONGRESSO AFRO-BRASILEIRO em Recide-PE. Participou do II CONGRESSO AFRO-BRASILEIRO em 1936 em Salvador-BA.

*Mudou-se para o Rio de Janeiro nos anos 40 e logo depois para São Pulo, onde passou a maior parte de sua vida no convívio de artistas e intelectuais. Participou de um grupo de artistas plásticos com Sakai de Embu, onde integrou na produção artística a cultura negra e tradições afro-descendentes.

*É autor dos seguintes livros:

- Poemas de Uma Vida Simples, Rio de Janeiro, 1944.

- Cantares do Meu Povo, São Paulo, 1963.





- Vejamos uma poesia de sua autoria:

TEM GENTE COM FOME
Trem sujo da Leopoldina
correndo correndo
parece dizer
tem gente com fome
tem gente com fome
tem gente com fome
Piiiiii
Estação de Caxias
de novo a dizer
de novo a correr
tem gente com fome
tem gente com fome
tem gente com fome
Vigário Geral
Lucas
Cordovil
Brás de Pina
Penha Circular
Estação da Penha
Olaria
Ramos
Bom Sucesso
Carlos Chagas
Triagem, Mauá
trem sujo da Leopoldina
correndo correndo
parece dzier
tem gente com fome
tem gente com fome
tem gente com fome
Tantas caras tristes
querendo chegar
em algum destino
em algum lugar
Trem sujo da Leopoldina
correndo correndo
parece dizer
tem gente com fome
tem gente com fome
tem gente com fome
Só nas estações
quando vai parando
lentamente começa a dizer
se tem gente com fome
dá de comer
se tem gente com fome
dá de comer
se tem gente com fome
dá de comer
Mas o freio de ar
todo autoritário
manda o trem calar
Psiuuuuuuuuuuu

(Poeta Solano Trintade)

quinta-feira, agosto 27, 2009

HOMENAGEM AO POETA ANIBAL BEÇA

ANIBAL BEÇA



*Poeta Anibal Beça com o poeta Thiago de Mello.

13/09/1946 - 25/08/2009


*Anibal Beça é o nome literário de Anibal Augusto Ferro de Madureira Beça Neto. Natural de Manaus-AM.
*Trabalhou como repórter, redator e editor, em todos os jornais de Manaus. Foi diretor de produção da TV Cultura do Amazonas, Conselheiro de Cultura, consultor da Secretaria de Cultura do Amazonas. Vice-presidente da UBE-AM União Brasileira de Escritores, presidente da ONG “Gens da Selva”, onde atualmente exerce o cargo de vice-presidente, bem como de presidente do Sindicato de Escritores do Estado do Amazonas e presidente do Conselho Municipal de Cultura é membro da Academia Amazonense de Letras.
*No ano de 2007 completa 41 anos de atividade literária e 45 de atuação na música popular, tendo vencido inúmeros festivais de MPB por todo o Brasil. Em 1994 recebeu o Prêmio Nacional Nestlé, em sua sexta versão, com o livro Suíte para os Habitantes da Noiteconcorrendo com 7.038 livros de todo o Brasil.
Ao lado de seus afazeres literários e musicais, destacou-se também em prol da causa da integração cultural latino-americana, seja traduzindo escritores de países vizinhos, ou participando e organizando festivais e encontros de poesia. Representou o Brasil no IX Festival Internacional de Poesia de Medellín, no III Encontro Ulrika de escritores em Bogotá e no VI Encuentro Internacional de Escritores de Monterrey. Sua produção poética tem sido contemplada em importantes revistas:
  • “Poesia Sempre” (Brasil),
  • “Casa de las Américas” (Cuba),
  • “Prometeo” (Colômbia),
  • “Ulrika” (Colômbia),
  • “Revista Armas & Letras” da Universidade de Nuevo León ( México),
  • “Tinta Seca”( México),
  • “Lectura” (Argentina),
  • “Frogpond Haiku”( Estados Unidos),
  • “Amazonian Literary Review” (Estados Unidos),
  • “Mississippi review” (Estados Unidos).

Livros publicados

  • Convite Frugal, Edições Governo do Amazonas (1966),
  • Filhos da Várzea, Editora Madrugada (1984),
  • Hora Nua, Editora Madrugada (1984),
  • Noite Desmedida, Editora Madrugada (1987),
  • Mínima Fratura, Editora Madrugada (1987),
  • Quem foi ao vento, perdeu o assento, Edições Muraquitã (teatro, 1988),
  • Marupiara – Antologia de novos poetas do Amazonas, Edições Governo do Amazonas (organizador, 1989),
  • Suíte para os habitantes da noite, Paz e Terra (1995),
  • Ter/na Colheita, Sette Letras (1999),
  • Banda da Asa – poemas reunidos, Sette Letras, (1999),
  • Ter/na Colheita, Editora Valer (2006, segunda edição),
  • Noite Desmedida, Editora Valer (2006, segunda edição),
  • Folhas da Selva, Editora Valer (2006).
  • Chá das quatro, Editora Valer (2006)
  • Águas de Belém, Editora Muhraida( 2006);
  • Águas de Manaus, Editora Muhraida( 2006).
  • Palavra Parelha reunindo os livros Cinza dos Minutos, Chuva de Fogo, Lâmina aguda, Cantata de cabeceira e Palavra parelha no prelo Editora Topbooks 2007.

Música

  • O Poeta solta a voz - 2001.
  • Duas águas - 2006.
*Fonte biográfica extraída do site:
http://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%ADbal_Be%C3%A7a

- Vejamos um poema de sua autoria:

ÚLTIMO ROUND

Anibal Beça


O vento que de verde tudo varre
não varre esta floresta onde eu habito.
Espana roxas nódoas de um espárringue
que sou eu mesmo a rir por esses ringues.

Porradas que me dou? Mero detalhe,
de quem passou a vida sem ter sido
sendo, o sabido súdito do anárquico.
Não fui, não sou, não quero ser doído.

O menestrel choroso? Este não vale,
perdeu-se pelos socos de outras divas
em noites desbotadas na paisagem.

Mas então, o que fica dessa trilha?
Ora, amigo, nocautes dessa aragem
varrida nos cruzados descaminhos.

(Poeta Anibal Beça)



quarta-feira, agosto 19, 2009

POESIARTE EM FOCO DE TERESA CRISTINA NOGUEIRA



A poesiarte apresenta: Teresa Cristina Nogueira de Oliveira. Professora, funcionária pública e poeta entusiasta. Participa também como apresentadora de um dos programas da Rádio Ave Maria 87,7 de Cabo Frio-RJ.


- Vejamos uma poesia de sua autoria:

Ando...

"Ando por ai,
Querendo te encontrar.
Paro em cada esquina,
em cada olhar..."
Olhos apertados,
Rostos assustados,
Corpos cansados,
Passos sem rumo,
Vida sem esperança.
E meus olhos buscam em
Cada gesto,
Cada olhar,
Cada sorriso,
Achar você...
E na vidraça a vida passa...
O vento leva para mais longe
Encantos meus...
E os homens passam...
Os carros passam..
Os sonhos passam.
O vento vai e muda a direção.
As estações trocam de papéis.
Os dias vão passando com maior rapidez...
E eu nessa insensatez...
De querer te encontrar e te
Ter...
Outra vez...

(Teresa Cristina Nogueira de Oliveira)

sábado, agosto 15, 2009

HOMENAGEM PARA NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO POR RODRIGO POETA



A poesiarte apresenta: Rodrigo Poeta.

*Nome: Rodrigo Octavio Pereira de Andrade.
*Natural de Cabo Frio-RJ.
*Nascido em 29 de setembro de 1977.
*Poeta, professor, pesquisador e ativista cultural.
*Membro da Academia Cabista de Letras, Artes e Ciências de Arraial do Cabo-RJ.
*Cônsul de Cabo Frio pelo POETAS DEL MUNDO (entidade com sede no Chile).


- Vejamos uma poesia de sua autoria:


*Nossa Senhora da Assunção - tela de Lair Gago. Foto de Rodrigo Poeta.

Mãe divina!

Vinda de Portugal
No século XVII
Para o povoado de Santa Helena,
Que depois se tornou a Cabo Frio
Aos braços na matriz que leva o seu pomposo nome.

Nossa Senhora da Assunção
Veio reluzir o nosso caminho
Ao glorioso Pai de todos nós
Cabo-frienses.

A fé é depositada em ti
Tem seu auge, todo o dia 15 de agosto,
Pois tu és a nossa mãe, nossa padroeira,
Que sempre nos abençoa.

Salve Nossa Senhora da Assunção!
Mãe divina!

Mãe de Cabo Frio, que reluz dentro do seu coração
Entre a beleza de nossa terra
E na simplicidade de seu povo.

Salve Nossa Senhora da Assunção!
Mãe divina!

(Rodrigo Octavio - 11/08/09)

*Este poema foi recitado no dia 14/08/09 na Rádio Ave Maria de Cabo Frio-RJ.

quinta-feira, agosto 06, 2009

POESIARTE EM FOCO DE HELENA REIS



A poesiarte apresenta: Helena Reis. Funcionária da Biblioteca Municipal Walter Nogueira de Cabo Frio e poeta entusiasta.

-Vejamos uma poesia de sua autoria:




Avós

Quando nascemos, eles são nossos pais.
Estamos crescendo e eles cuidando de nós!
Quando casamos e adquirimos nossos filhos
Eles tornam-se avós.

Avó e avô
Casal, que irradia amor
Desde pequeno, os netos devem aprender
A pedirem as bençãos à avó e ao avô.

A netinha adora o colinho da vovó.
O netinho passear e ir a praia com o vovô.
Tanto netinha, quanto netinho gostam de um xodó
É que seus avós com esses gestos desmonstram AMOR.

(Helena Reis)

quarta-feira, agosto 05, 2009

ENTREVISTA COM ALEXANDRE FERREIRA



A poesiarte apresenta: Alexandre Ferreira da Silva. Natural de Cabo Frio-RJ. Nascido em 26 de julho de 1986.

- Vejamos uma entrevista feita com o atleta Alexandre Ferreira da Silva por Rodrigo Poeta:


*Dados:

- Nome: Alexandre Ferreira da Silva.
- Data de nascimento: 26 de julho de 1986.
- Cidade de origem: Cabo Frio-RJ.
- Cidade que representa: Cabo Frio-RJ.
- Esporte que pratica: Bodyboarding.
- Blog: http://alexandresilva2b.blogspot.com/
- E-mail: alexandresilva@hotmail.com


1-Como começou a sua paixão pelo Bodyboarding?
Alexandre Silva: Para quem me conhece, sempre fazia o contrário que os meus amigos faziam, enquanto eles jogavam bola eu comecei a pegar onda de bodyboard. No verão sol forte, não tinha o porquê de ficar correndo num sol escaldante e outro grande motivo foi na melhora da bronquite. A cada onda surfada era uma emoção diferente. Foi isso que me atraiu no esporte e me atraí até hoje. Sou apaixonado em surfar, só de de estar no mar fico feliz.
2-Quais são seus ídolos no Bodyboarding?

Alexandre Silva: Admiro muito Guilherme Tamega, Ben Player, Mike Stewart, Damian King e Alistair Taylor ambos por suas atitudes em condições extremas e fluídez e estilo com que executam as manobras, a visão de onda que eles adquirem. Tento ao máximo conseguir um dia.
3-Qual a sua relação com o mar?
Alexandre Silva: Minha relação com o mar não poderia ser das melhores, porque o mar é onde cria minhas barreiras de dificuldades e que em segundos pode passar do inferno ao céu, quando se estar surfando em condições extremamente perigosas, pode ser a pior ou pode ser a melhor. Exemplo disso, é quando se pega uma ótima onda, que o sorriso fica estampado no rosto e ninguém o tira.
4-Se não praticasse Bodyboarding qual esporte faria e por quê?
Alexandre Silva: Essa é a mais difícil, rsrsrs. Algo que tivesse contato com água, poderia ser natação, skate adoro esse esporte que se pode construir manobras e ter alguma barreira para ser ultrapassada ou se fosse mais alto vôlei ou mesmo futebol.
5-Sabemos que o Bodyboarding é um esporte a nível internacional. Aqui em em Cabo Frio, existe uma associação ou entidade para difundir o esporte?

Alexandre Silva: Existiu, mas por falta de incentivo acabou. Mesmo que não tenha um clube ou associação, os atletas não deixaram de competir, pois sempre tem atleta de Cabo Frio entre os primeiros em competições estaduais ou nacionais.


6-Já participou de competições nacionais? Cite algumas de grande porte.
Alexandre Silva: Sim, competi no circuito nacional no ano de 2007 como amador e me tornei vice-campeão brasileiro, competi também em Maracaípe/PE e fiquei em quinto lugar em Rio das Ostras/RJ em terceiro lugar em Jacaraípe/ES em quinto lugar.
7-Existe um apoio eficaz para o Bodyboarding aqui em Cabo Frio? Explique.
Alexandre Silva: Existe apoio, mas não que me dê o suporte necessário para que eu possa competir de igual com outros atletas profissionais. Se não houver investimentos, continuaremos ser figurantes em competições a nível internacional.
8-Deixe uma mensagem para posterioridade.
Alexandre Silva: O esporte é um exercício ótimo para o corpo e a mente, pratique esporte e seja feliz na carreira que preferir, tente sempre ser um bom profissional que um dia isso pode fazer a diferença na sua vida. Abraço a todos! Boas ondas.



sábado, agosto 01, 2009

DESTAQUE POESIARTE DE JULHO


A poesiarte apresenta: Mírian Warttusch. Natural de São Paulo-SP. Nascida em 17 de janeiro de 1941. Compositora, escritora, produtora, contadora de histórias, cronista e poeta. Mírian foi a poeta destaque do mês de julho da COMUNIDADE POESIARTE.




-Vejamos uma poesia de sua autoria:

OLHOS SEM VIÇO


Triste a vagar, de noite, pelas ruas,
Alma vazia em solidão sem fim,
Ouço meus passos soando nas calçadas,
E desdigo a vida, por ser crua, assim.

Olhos vidrados na expressão mais fria
-Estranho o mundo, como se apresenta:
Farsas constantes, desenganos duros,
Vida que passa, desilusão que aumenta.

Meus claros olhos, antes tão felizes,
Olhos beijados com o mais puro amor,
No olhar de agora, se petrificaram,
Brilho apagado em sua morta cor.

Envelhecidos, perderam todo o viço,
Foram tão lindos! E o que são agora?
Alguém diria, que esses mortos olhos,
Foram belíssimos,vivendo, outrora?

Teus olhos que se acendiam pelos meus
-Lenta agonia, pensar que tive tanto -
Hoje meus olhos já não podem ver,
A beleza da vida, todo o seu encanto!

Tanta magia vivi, fáceis amores,
Uma existência de banal prazer.
Sentença cruel, agora, nos meus olhos,
O meu imenso desejo de morrer!


(Poeta Mírian Warttusch)