segunda-feira, dezembro 24, 2007

POESIARTE EM FOCO DE ALBERTO DA CRUZ


A poesiarte apresenta: Alberto da Cruz. Poeta de Angra dos Reis-RJ.

- Vejamos um poema de sua autoria, que participou do concurso da comunidade Vale das Sombras da poeta Ana Lopes (Me Morte):


Sombras

Olhos funestos a vagar no nada.
Figura sombreada à beira da amargura.
Traços da loucura perpetuando n’alma.
Idílio sem calma à noite escura.

Sombras sombrias, sombrias sombras
Arrastam seu vulto ao umbral da alcova;
Gemem frenéticas ao som funéreo;
Cravam a escuridão no ser descontente.

E nos olhos baços a lágrima escorre
Soturnamente lírica qual no Musset
A arruinar o coração aflito
Que bate à espera de alguém.

Pálida figura dos olhos meus,
Vagas no jardim ermo da morte...
Tal minha imagem aflita
A ranger as correntes da dor.

Figura dilacerada de paixões,
Canta teu fado mofinado
Ao som do bardo arruinado
No calabouço fúnebre das emoções.

(Poeta Alberto da Cruz)

sexta-feira, dezembro 21, 2007

POESIARTE EM FOCO DE JULIANA BASÍLIO


A poesiarte apresenta: Juliana Basílio. Poeta de Mogi das Cruzes-SP.

- Vejamos um poema de sua autoria, que participou do concurso da comunidade Vale das Sombras da poeta Ana Lopes (Me Morte):


Sede Macabra

Seu olhar me enfeitiça
E de ódio meu coração se enche
Alguma coisa por trás me atiça:
"Vamos! Siga em frente"

No dia seguinte a notícia no jornal:
"Corpo encontrado podre no porão"

Enfim realizei meu desejo mortal
E sem esperanças de ter algum perdão
Minha sede aumenta de maneira fatal

Eu corro, eu vago, eu persigo
Não posso controlar esse desejo
Eu mato, eu observo, eu ponho em perigo
Estou presente em todo o cortejo

Fui consumida pelo meu próprio delírio:
"Louca suicida-se no sanatório municipal"

Só e torturada pelo martírio
Eu vivia no quarto imundo habitado pelo mal
Agora... minha cabeça paira diante o espelho.

(Poeta Juliana Basílio)

Link do seu site:
http://www.cantinho-da-jully.blogspot.com/


domingo, dezembro 09, 2007

POESIARTE EM FOCO DE NELSON SAÚTE


A poesiarte apresenta: Nelson Saúte. Escritor, poeta e professor de Ciências da Comunicação. Nasceu em 26 de fevereiro de 1967 na cidade de Maputo, capital de Moçambique.

*Um pouco da vida de Nelson Saúte:

- No início de su
a vida profissional em Moçambique, trabalhou na revista "Tempo",
no jornal "Notícia
s", na Rádio Moçambique e na Televisão de Moçambique. Em Portugal, onde se licenciou em Ciências da Comunicação (na Universidade Nova de Lisboa), foi redator do "Jornal de Letras" e "Público".

- Em 1989, foi co-autor (com Fátima Mendonça) da "Antologia da Nova Poesia Moçambicana:1975-1988", publica pela Associação de Escritores de Moçambique.

- Em nome individu
al, publicou em 1996: "O Apóstolo da Desgraça" (estórias; Publicações Dom Quixote, Lisboa).

- Em 2000, publicou: "Os Narradores da Sobrevivência" (romance; Publicações Dom Quixote, Lisboa).

- Em 2001, publicou: A antologia de contos moçambicanos "As Mãos dos Pretos" (Publicações Dom Quixote, Lisboa)


*Capa do livro "As Mãos dos Pretos" de Nelson Saúte.


- Vejamos uma poesia de sua autoria:


"MUNHUANA BLUES"

Lá nos arrabaldes da minha infância
a casa da Munhuana me não resiste apenas
também guardo ciosamente na memória
as histórias da minha avó Angelina
e mantenho o medo
da ameaçadora visita do Guiguisseca
anunciada na varanda da loja do Muchina
enquanto os miúdos do meu bairro
todos eles craques
desmentiam o talento do Eusébio.
Ali no Bairro Indígena eu ainda sou
aquele rapaz de calção e sapatilhas
- compradas numa daquelas lojas
dos monhés do Xipamanine –
correndo a toda a largura a rua do Zambeze
no dia em que prometeram
uma visita ao Jardim Zoológico.
O baldio que ficava à frente da minha casa
foi vítima de urbanização clandestina
e no lugar onde as meninas se despontavam
para os meus sonhos febris de vate desassumido
e vendiam badjias e matoritoris
reincide-se na ofensa à memória.
Naquele tempo minha avó reverberava o mito
esvoaçando as saias das moças nos bailes
e as calças bocas de sino dos rapazes do Chamanculo.
Foi ali que começou esta minha mania de amar o Brasil
nas vozes do Carnaval da avenida de Angola.
O samba da Mafalala também tinha batuques
e a folia Índica desta minha Bahia
marrabentando os acordes da tua viola.
Também cantei e bailei como esta noite
neste meu desavisado regresso ao Xipamanine
não só por culpa dos avatares do velho gramofone
e os discos de 45 rotações mas por imposição
da vocação da minha avó Angelina
que jamais enfrentou um palco.
Fica para contar aos meus filhos os talentos
dos que nos precederam. Minha avó agora não canta.
Na sua casa ex-madeira e zinco de precária alvenaria
ela deita-se no chão
de cimento queimado e conversa com os ancestrais
quase todos eles à sua espera em Ressano Garcia.
Tudo isto agora e sempre nesta noite de sábado
eu filho legítimo das bangas na geração dos anos 80
a dançar até amanhecer quando no dia seguinte
tinha folga na minha indesmentida profissão
de formador de bicha nas lojas do Povo
ou no talho da Eduardo Mondlane que abria as portas
já com a carne do Botswana esgotada.
Mesmo assim as nossas festas
com cervejas à pressão e coca-colas
compradas a muito custo
pelos nossos meticalizados bolsos
incompetentes para adquirirem as montras vazias
das cooperativas de consumo parecem ficção
aos olhos desta juventude.
Não muito longe do largo João Albasine
nestes anos todos de ausência da Munhuana
exilado lá para os lados da zona alta da cidade
quem regressa é aquele menino que eu fui
muito antes de conhecer o Alto-Maé dos chinas
quando a Polana era só e apenas
um vago e improvável aceno do futuro
e a Sommerchield adjectivava a quimera.
Agora meu velho João Domingos retorno
à minha infância entregue ao prodígio desta noite
de extenuado sábado nesta pista de dança
e no espanto deste incauto duelo com os velhos mitos.

(Nelson Saúte - poeta moçambicano)


sábado, dezembro 01, 2007

POESIARTE EM FOCO DE RODRIGO POETA


A poesiarte apresenta: Rodrigo Octavio Pereira de Andrade (Rodrigo Poeta). Poeta, professor, pesquisador e cabo-friense.


Vejamos uma poesia de sua autoria publicada no jornal O Popular da Costa do Sol de Iguaba-RJ:

"P.r.O.c.E.s.S.o"


Poetas ritualistas,
Diante de onomatopáicos
Versos que fluem em críticos
Ecos da alma.

Excesivos sincretistas
De palavras multicoloridas
Entre sinceros poemas...

Ordinários e ordinárias são esses devoradores
De palavras do além processar.

P.r.O.c.E.s.S.O
Um conjunto de idéias poéticas nascidas do ser,
Onde o fermento são as palavras
Entre um preparo para uma metapoesia
De invenções, projeções, produções...baluartianas!

Poetas ritualistas,
Diante de onomatopáicos acontecimentos
Versativos que eclodem em palavras:
P...PrProProcProceProcesProcessProcesso...Processo...
Pr...PrProProcProceProcesProcessProcesso...Process...
Pro...PrProProcProceProcesProcessProcesso...Proces...
Proc...PrProProcProceProcesProcessProcesso...Proce ...
Proce...PrProProcProceProcesProcessProcesso...Proc...
Proces...PrProProcProceProcesProcessProcesso...Pro...
Process...PrProProcProceProcesProcessProcesso...Pr...
Processo...PrProProcProceProcesProcessProcesso...P...
...e as reticências vão para o P.r.O.c.E.s.S.o...

(Rodrigo Poeta)


quarta-feira, novembro 28, 2007

POESIARTE EM FOCO DE SANDRA ALMEIDA


A poesiarte apresenta: Sandra Almeida. Poeta nascida em Jandaia do Sul-PR. Residente em Maringá-PR. Sandra Almeida é colunista do Jornal O Rebate de Macaé on line e geógrafa.

Vejamos um poema de sua autoria:


"Sina do Sertanejo"

O sertão chora,
desamparado.
A seca o devora,
até seus sonhos,
seu dotô!

Patriarca despede,
lágrimas e saudades.
Leve balançar de cabeça,
um dia voltarei.
Espere...a vida vai melhorar!

Meninos sem entender, espiam.
Aconchegando na saia da mãe,
lagrimas ensaiam em seus olhos.
Coração anseia resto de esperança.
- O pai prometeu!

Mas as promessas.
Não cessam.
Vida ingrata.
Sempre a prometer!

Como preces atendidas,
chove no sertão,
mandacaru florido.
- Como luzes em avenidas!

Um cheiro envolvente,
de flor,terra molhada
e esperança!

Par de olhos parados,
fixam a entrada.
Cantarola pra esquecer
a tristeza.

Triste notícia recebeu
José não mais voltará.
Atravessando a São João,
o mundo de concreto o levou.

E Maria...emudece numa última prece!

(Poeta Sandra Almeida)

*Link de sua coluna no Jornal O Rebate:
:http://orebate-sandradealmeida.blogspot.com/

quarta-feira, novembro 14, 2007

POESIARTE EM FOCO DE CECÍLIO BARROS


A poesiarte apresenta: Cecílio Barros. Poeta e patrono da Academia Cabista de Letras, Artes e Ciências de Arraial do Cabo-RJ.

Vejamos uma poesia de sua autoria:


"Poema ao filho Pavão da Gaita"
Ao sono numa esteira adormecida
Vê-se um ébrio infeliz ali deitado
Vagando pelas ruas maltrapilho
E talvez pela família desprezado
Eu choro e sinto de lhe ver assim
Cabelos grandes, barba até o peito
Jogado à rua em moita de capim
A terra fria é seu próprio leito
Ó Deus, tenha compaixão
Deste infeliz e desta triste sina
Dê-lhe amor, dê-lhe a luz divina
Se for teu filho considere irmão

(Poeta Cecílio Barros)

*Foto: Igreja de Nossa Senhora dos Remédios de Arraial do Cabo-RJ.





quarta-feira, novembro 07, 2007

POESIARTE EM FOCO DE RODRIGO POETA


A poesiarte apresenta: Rodrigo Octavio Pereira de Andrade (Rodrigo Poeta). Poeta, professor, pesquisador e cabo-friense.


Vejamos uma poesia de sua autoria publicada nos jornais O Popular da Costa do Sol de Iguaba-RJ e Jornal Lagos da Região dos Lagos-RJ:


“Sintra de Portugal”

Ó cidade portuguesa,
Diante da pequena
E simpática Quinta da Regaleira,
Que revela toda a sua beleza.

Pequena Sintra majestosa,
De jardins, de castanheiras-da-índia,
Diante das fontes de grande beleza,
Para as estátuas dos deuses de pedra.

Ó Quinta da Regaleira,
Você se torna nome de um sonho,
Perante ao patamar dos deuses da renascença,
Até a torre dos guardiões do escuro.

Cruzes templárias despertam curiosidade,
Diante de um mistério desconhecido,
Perante a Ordem de Cristo em sua realeza tênue
Aos diversos sentidos relacionados ao seu esoterismo.

Ó Quinta da Regaleira,
Perante ao seu altar-mor de sua capela
A coroação de Madalena,
Diante de uma arte plena.

A águia com seios,
Mostra a fugacidade palaciana,
Diante da utopia dos homens
Perante a sua perseverança.

Ó Sintra de Portugal,
Pequena cidade,
Que diante dos olhos o coral
Dos deuses para a realidade.

Se torna romântica a melodia
Das vozes que ecoam,
Dentro de um olhar impresso na fantasia
De uma poesia paisagem.

(Rodrigo Octavio Pereira de Andrade 23/04/00)

sábado, setembro 15, 2007

RODRIGO POETA NA MÍDIA IMPRESSA

Minha poesia "Apartheid Camuflado" publicada no Jornal Alto Madeira de Porto Velho-RO na página Lítero Cultural do poeta Selmo Vasconcellos.

RODRIGO POETA NA MÍDIA IMPRESSA

Minha poesia "Sintra de Portugal" publicada no Jornal Lagos da Região dos Lagos-RJ na coluna Lagos Poesia.

sábado, setembro 08, 2007

ENTREVISTA COM FÁBIO EMECÊ


A poesiarte apresenta: Fábio de Souza Batista(Fabio Emecê). Poeta, professor e ativista cultural.


Vejamos uma entrevista feita pelo poeta Rodrigo Octavio ao poeta Fabio Emecê:


Nome: Fábio de Souza Batista
: (Fabio Emecê).
Cidade de origem: Cabo Frio-RJ.

Data de nascimento: 28/07/1981.
Cidade em que reside e representa no meio literário: Cabo Frio-RJ e redondezas.


1-Como você começou a gostar de poesia?


Não tenho uma data precisa, mas sempre gostei do jogo de rimar, sempre achei interessante o efeito sonoro, com o tempo descobri que a poesia poderia ter o efeito sonoro, mas a idéia é fundamental. Aí já era.


2-Quem incentivou você?


Não sei se tive um incentivo específico, só se foi na escola e eu nem percebi.


3-Que tipo de poesia você mais gosta e prefere fazer?


Não tenho um gosto específico, mas gosto de escrever sobre sexo, mulheres, amor e militância política!


4-Qual o seu estilo de fazer poesia, ou seja, qual o modo em que você faz a poesia?


Não tenho um estilo específico, ou não consigo me especificar. Mas disseram que eu estilo nonsense, outros me chamaram de romântico. E eu só escrevo.


5-O que representa ser poeta para você?


Representa dizer o que quer na hora que bem entender. Representa autonomia.


6-O que representa a poesia para você?


Palavras encadeadas com o desejo que acabar com a mesmice do mundo e propor uma transformação.


7-Quais os grandes ícones da poesia brasileira e mundial, que agrada mais você?


Eu gosto do Augusto dos Anjos, Baudelaire, Fernando Pessoa e Manuel Bandeira. Sinto que preciso me aprofundar mais na poesia pós-moderna para citar mais nomes.


8-Você já participou de recitais de poesia? Se participou cite alguns de grande importância?


Já sim. O Sarau Periférico realizado no bairro Jardim Esperança foi importante,pois está dando um pontapé inicial num projeto de transformar aquele bairro em pólo cultural. Em breve isso irá acontecer, pode contar.


9-Qual a sua visão sobre a cultura de Cabo Frio e redondezas, principalmente no campo da literatura?


A literatura funciona com escritores e leitores praticando seus atos. E para que isso aconteça eficientemente, alguém precisa estimular. Temos o poder público para fazer isso, mas ele se omiti, ignora, sei lá. Talvez com artistas dispostos a mudar esse quadro, o estimulo se torna eficiente e a literatura seja tão importante quanto o carnaval é para os governantes daqui.


10-Você já publicou algum livro? Se já, cite o nome dele e o ano em que foi publicado?


Ainda não. Em breve!


11-Você já fez algum projeto ou participou de algum em referência a poesia?


Poesia especificamente ainda não.


12-Qual a poesia sua em que você mais possui afeição?


Pergunta difícil, mas tem uma eu gosto que se chama “Enfeite”, que fala sobre a maquiagem no rosto feminino e a submissão do homem em ter que aceitar esse capricho feminino.


*Entrevista feita por Rodrigo Octavio Pereira de Andrade. (Rodrigo Poeta)

quinta-feira, agosto 23, 2007

ARTIGO DE RODRIGO POETA


A poesiarte apresenta: Rodrigo Octavio Pereira de Andrade (Rodrigo Poeta). Poeta, pesquisador, professor, ativista cultural e cabo-friense.


Vejamos um artigo de sua autoria publicado no Jornal O Popular da Costa do Sol de Iguaba-RJ:


"Pobres e poucas ovelhas da Educação"

O ensino mudou! Esta afirmativa até parece piada, mas é o que diz o Governo. E você professor mudou? Uma pergunta difícil de responder!

Vamos então a dois exemplos de professores caracterizados, um por Pedro Bloch e o outro por Chico Alencar.

Pedro Bloch no seu livro “É Proibido Falar com Juninho!”, mostra um professor de mente retrógada, onde criança não pensa e não questiona na visão dele. Um professor que parou no tempo, vê que tem um aluno do qual possui esses ‘péssimos hábitos de pensar e questionar’, tenta assim excluí-lo da escola, para não contaminar os demais alunos.

No final disso tudo, esse professor parado no tempo é o verdadeiro excluído pelos professores de mentes dirigidas par o futuro e o bem-estar dos alunos. Salve Juninho, o aluno deste livro!

Chico Alencar no seu livro “Br 500 Um guia para redescoberta do Brasil”, mostra uma professora dedicada a aprender, conhecer e claro a observar o mundo em sua volta.

Uma professora que gosta de trabalhar em grupo, uma professora que não está de mal com a vida, pois ela está na luta, na busca de uma renovação contínua da Educação. O nome dessa professora de Chico Alencar é Maria, uma mulher que escolheu esta profissão com amor e dedicação.

Vemos então dois casos de professores dedicados com sua atualização dos seus conhecimentos, mas aquele professor retrógrado de Pedro Bloch ainda existe, diferente dos outros professores do seu livro, e ainda está parado no tempo, porque o ensino não mudou propriamente como diz o Governo.

Falam que a escola é baseada ao aluno que aprende a aprender, isto não é verdade para a realidade que vivemos.

Vemos alunos amontoados em salas precárias, sem professores, sem materiais didáticos, sem merenda e sem condições psicológicas de vida no ambiente escolar.

E dizem que a escola é pública, ou seja, “não é paga!”

Vemos os tais que aprenderam a aprender, a fazerem atrocidades com trotes mortais dentro das universidades e em escolas os tais que aprendem a aprender, violências mortais.

Onde está a Educação?

Sem a Educação, não temos um ensino propriamente dito e determinado por uma lei.

Fome, miséria, violência, estes são os problemas da Educação de uma sociedade brasileira que forma este país.

O Brasil dos Analfabetos, Semi-Analfabetos e o Brasil dos FDPS, que dizem que o ensino mudou. E você coitado professor, é valorizado, é vinculado no seu trabalho às práticas sociais como diz a lei, você professor tem deveres e direitos?

Assim sendo, nem tudo é ruim na Educação, pois existem “Pobres e poucas ovelhas” tentando mudar esta situação.

(Poeta Rodrigo Octavio Pereira de Andrade)


quinta-feira, agosto 09, 2007

POESIARTE EM FOCO DE LUIZ VIDAL


A poesiarte apresenta: Luiz Vidal. Poeta, professor e representante da poesia de Arraial do Cabo-RJ.

Vejamos uma poesia de sua autoria:

"Um poema falando sobre pedras"

De tanto exagerar
No olhar
No meu olhar
De exagero há
Caiu uma pedra
Caiu uma pedra
No meu olhar
De tanto olhar
De exagerar
De olhar
Caiu do meu olhar
A tal pedra
Que caiu
No meu olhar
De tanto olhar.
(Poeta Luiz Vidal)

sábado, julho 28, 2007

POESIARTE EM FOCO DE CLARENCIO RODRIGUES


A poesiarte apresenta: Clarencio Rodrigues. Ator-marionetista, artesão, professor,bonequeiro e animador cultural. Filho de Cabo Frio-RJ.


Vejamos um poema de sua autoria em homenagem a sua arte:

"O Boneco"

Minhas mãos, meus sentimentos,
Numa mutação constante
Promove mil movimentos.
Criando a cada instante,
Bonecos de luva,bastão,
Fios de nylon ou barbante,
Como sendo uma extensão
De minha mão empolgante.

Usando gestos ensaiados,
Cantando num tom preciso,
Êta, moleque assanhado!!!
Quando ataca num improviso
Altivo entre o monumento,
O Imperador da Empanada
Sem cetro, mas com muito talento
E bem atento, não liga pra nada.

Esse boneco faceiro
Usando seu dom carismático,
Conquista o mundo inteiro
Com esse jeito fantástico.
E sorrindo me sinto menino,
Quando num ato inocente
E dotado de um poder divino,
Transformo o boneco em gente.

(Clarencio Rodrigues)

sexta-feira, julho 13, 2007

POESIARTE EM FOCO DE LUIZ PRÔA


A poesiarte apresenta: Luiz Prôa. Poeta carioca,ativista cultural e editor do site Alma de Poeta.

Vejamos um poema de sua autoria:

"Heróis de espelho"

somos feitos

de tudo que nos cerca
de argila, madeira
poeira e pedra
somos palco
de uma peça
normais, humanos
loucos ou feras
somos aquilo
que não somos
artistas, retratos
heróis de espelho
somos nosso
maior receio
pior do que tudo
contágio do meio
mesmo que loucos
perdidos no verso
feiticeiros da vida
poema incerto
somos parte do todo
grãos de mistério
construtores do sonho
em busca do eterno


(Poeta Luiz Prôa)

sexta-feira, julho 06, 2007

ENTREVISTA COM JOAQUIM MONCKS

A poesiarte apresenta: Joaquim Moncks. Poeta de Porto Alegre-RS.

Vejamos uma entrevista feita pelo poeta Rodrigo Octavio ao poeta Joaquim Moncks:


CONVIVÊNCIA COM A POESIA
1- COMO VOCÊ COMEÇOU A GOSTAR DE POESIA?
Desde os sete anos, ao que me lembro, a poesia mexia com a minha cuca. Mas foi aos oito que recitei o primeiro verso. Era um soneto de autoria de meu pai, Joaquim Moncks (de quem herdei o nome literário), pelo qual ele homenageava o patrono de minha escola primária, em Pelotas, RS, lá por 1954. O soneto se chamava “Saudação a João Affonso”. Mas a paixão pelo verso começou aos 11 anos, quando fazia poemas plagiando os textos dos clássicos que apareciam no livro didático de Português. Impressionava-me, também, as fábulas de Esopo.
2- QUEM O INCENTIVOU?
O velho Quincas, que, a bem da verdade, era um filósofo amador. Sempre tinha uma tirada pra fazer a gente pensar. A ele devo a instauração do processo dialético que me tornou um inveterado perguntador.
3- QUE TIPO DE POESIA VOCÊ MAIS GOSTA E PREFERE FAZER?
Não tenho um temário preferencial, em poesia. Comecei como todos os versejadores, fazendo versos de amor pra agradar e segurar a amada. Aos 60 anos descubro que ainda os tenho como vitais, porque é necessário aprisionar o amor a qualquer custo. Eleger a vida como caminho é tracejar o amar em toda a sua essência. A transcendentalidade do verso renega a morte, sugerindo a imortalidade. Esta é a hipótese futurística pra todo o escritor: desejar estar vivo no coração de seu povo, na lembrança deste.
4- QUAL O SEU ESTILO DE FAZER POESIA, OU SEJA, QUAL O MODO QUE VOCÊ FAZ O POEMA?
Não tenho um estilo definido em minha obra, que soma sete livros publicados e mais de uma centena de participações em antologias e coletâneas impressas. Acresça-se a presença em sítios para escritores, na Grande Rede, como o Recanto das Letras, que soma quase 12.000 escritores e onde tenho 400 textos, em prosa e verso. Em poesia, percebo que o leitor encontra em mim um instigador para a sua reflexão. Não pretendo dar respostas a quem consome o meu texto e, sim, criar questionamentos, dúvidas. Talvez por estar na maturidade dos 35 anos de publicação do primeiro livro, percebo que já tenho mais facilidade em traduzir em vocábulos o que pretendo. A palavra é sempre um desafio. Não acredito muito em inspiração. É a transpiração, o trabalho sobre o fruto da emoção, o que mais me caracteriza e no que mais acredito. A vertente lírica continua sendo a água mais pura de minha cacimba, a menos sobeja, a mais frágil, porque retrato do humano.
5- O QUE LHE REPRESENTA SER POETA?
Um homem com um estado de espírito diferenciado. Ser lambido pela eterna poesia é tão efêmero como o acender e o apagar de uma lâmpada. Não me digo poeta, os outros que o digam.
6- O QUE REPRESENTA A POESIA PARA VOCÊ?
Uma sensação permanente de condenação ao pensar. Algo que nunca saberei traduzir como palpável. Mas, por ser permissiva, me convida ao brinde com o meu irmão leitor.
7- QUAIS OS GRANDES ÍCONES DA POESIA BRASILEIRA E MUNDIAL QUE MAIS LHE AGRADAM?
Vinicius, Bandeira, Drummond, Jorge de Lima, Augusto dos Anjos, Catulo da Paixão Cearense, Mario Quintana, Adélia Prado, Cecília Meireles, Lara de Lemos, Lila Ripoll, Lya Luft, dentre os nacionais. Baudelaire, Rilke, Brecht, Maiakovski, Octavio Paz, Ezra Pound, Gregory Corso, Jack Kerouac e o mais incrível deles, o português do Universo: Fernando Pessoa.
8- VOCÊ JÁ PARTICIPOU DE RECITAIS DE POEMAS? SE PARTICIPOU, CITE ALGUNS DE REAL IMPORTÂNCIA.
Sim, tenho trinta anos de afiliação à Casa do Poeta Rio-Grandense, e isto quer dizer estar permanentente no palco. No mínimo uma vez por mês, às primeiras terças-feiras, na promoção Cafezinho Poético-Musical. O mais importante foi o recital comemorativo aos 80 anos de Vinicius de Moraes, em 1993, no Auditório Bruno Kiefer, da Casa de Cultura Mario Quintana, em Porto Alegre, quando interpretei no palco a figura do homenageado. Tomei um litro de uísque como fosse água. Vinicius estava dentro de mim. E olha que não sou um bom bebedor de uísque.
9- QUAL A SUA VISÃO SOBRE A CULTURA, PRINCIPALMENTE NO CAMPO DA LITERATURA?
De um país que tem a sua média de leitura em 3,8 livros/ano/habitante não se pode esperar muito em termos de cultura universal e literária. Mas os dados vêm melhorando. O Rio Grande do Sul lê quase o dobro da média nacional, graças ao esforço de seus professores e ativistas culturais, os quais realizam Feiras do Livro em cerca de 30% dos municípios que compõem o Estado. As crianças acostumaram-se, nos últimos 52 anos, a ir à Feira do Livro, e os professores das séries iniciais ensinam aos alunos que é preciso guardar dinheiro para comprar livros no período de Feira Municipal e naquelas que a Escola promove. Hoje em dia os alunos não mais chegam ao escritor com um papelzinho na mão pedindo autógrafo, fazendo mera tietagem, como ocorria há cerca de 10 anos atrás, fato que ainda ocorre em muitas regiões do país. É isto o que se nota nos milhares de festivais de música, no Brasil. Cultiva-se a tietagem, a veneração dos ícones populares. Durante quinze dias, iniciando na última sexta-feira de outubro de cada ano e se estendendo até o domingo da segunda semana de novembro, ocorre, há 52 anos, a Feira do Livro de Porto Alegre. Em 2006 foram vendidos 650.000 livros nesta que é a maior Feira de Livros em espaço aberto, na América Latina. O Brasil é um país continental e tem redutos importantes de cultura popular que estão sendo fomentados pelos projetos privados com verbas hauridas junto aos governos federal e estadual, através das Leis de Incentivo à Cultura. No entanto, as verbas orçamentárias para o setor cultural são parcas em todo o país. A tiragem média dos livros de Poesia por editoras é da ordem de 1.000 exemplares, enquanto as edições americanas e européias são de tiragem de cerca de 5.000 unidades, principalmente francesas e alemãs. As edições japonesas chegam a 10.000 exemplares, em livro de poesia, chegando ao leitor a preço baixo, subsidiadas pelo governo federal nipônico, que tem, inclusive, recomendado intervalos obrigatórios, nas indústrias, para sessões de leitura. Nestas utilizam-se livros doados pelo governo e leituras feitas por profissionais contadores de histórias. No Brasil a realização de concursos literários, por órgãos governamentais, associações literárias e ativistas internáuticos, tem ajudado no processo cultural literário. O advento do computador e a pesquisa na NET têm criado alguns nichos de leitura nos grandes centros do país. Nada de pesquisa em profundidade, mas surge alguma ajuda através dos arquivos que a NET apresenta. Apesar disso, algumas destas informações são precárias e utilizam fontes sem certificação de veracidade. A escola pública continua pobre de livros e poucos estabelecimentos oficiais têm bibliotecas dignas de nota. Em todo o país há um condenável hábito em relação a bibliotecas escolares: em geral não há bibliotecários de carreira nos estabelecimentos de ensino. Os professores em processo de aposentadoria e outros que apresentam freqüentes licenças médicas atuam nas bibliotecas. O resultado é previsível: os alunos não são incentivados à leitura e os acervos bibliográficos não são bem organizados e tampouco conservados. Falta o especialista que necessita se afirmar como profissional respeitado no setor do livro. É profissão a ser prestigiada pelos governos municipal, estadual e federal.
10- VOCÊ JÁ PUBLICOU ALGUM LIVRO? SE JÁ, CITE O NOME DELE E O ANO EM QUE FOI PUBLICADO?
De 1973 até 2005, entreguei ao público sete livros individuais, no gênero Poesia: ENSAIO LIVRE (plaqueta), 1973; FORÇA CENTRÍFUGA, 1979; ITINERÁRIO (?), 1983; O EU APRISIONADO, 1986; O SÓTÃO DO MISTÉRIO, 1992; O POÇO DAS ALMAS, 2000, e OVO DE COLOMBO, 2005. Tudo o que publiquei em prosa está disperso em mais de uma centena de antologias e coletâneas. A primeira delas data de 1977 e a última é de 2007. Pretendo reunir a minha produção prosaica num livro que possivelmente se chamará CONFESSIONÁRIO – Diálogos entre a Prosa e a Poesia, que sairá no ano de 2008.
11- JÁ FEZ ALGUM PROJETO OU PARTICIPOU DE ALGUM EM REFERÊNCIA À POESIA?
Criei, executei e participei, em dezoito Estados da Federação Brasileira, de mais de 50 (cinqüenta) projetos poéticos ou correlatos, nestes últimos trinta anos de associativismo literário.
12- QUAL A POESIA DE SUA AUTORIA, AQUELA PELA QUAL VOCÊ MAIS POSSUI AFEIÇÃO?
Não tenho afeição ou preferência por nenhum poema em especial. Segundo a situação que estou vivendo, percebo, por vezes, que algum deles se adapta à situação real, momentânea, e tenho a sensação de que há alguma verdade plausível em seu contexto, e a entendo válida como observação. Assim, ao menos naquele instante, a aparente verdade exposta no poema parece ter correspondência no mundo real. Sei que a proposta poética não se destina a interferir diretamente na realidade dos fatos, mas, o que fazer? Todos queremos um mundo mais feliz, socialmente mais justo, e no qual haja a presença da Paz entre pessoas e Povos. No mais, brigo com a idéia traduzida pela palavra durante todo o tempo. É briga feia, extenuante, infinita. Nunca morri de amores pelo meu texto. Mas gosto de saber que a inutilidade de fazer poesia pode servir pra alguma coisa: mitigar a ansiedade e a angústia, criando perspectivas de esperança, de gozo ou de prazer.

*Entrevista publicada no site: http://recantodasletras.uol.com.br/entrevistas/487479 em 15/05/07.

quarta-feira, junho 20, 2007

POESIARTE EM FOCO DE RODRIGO POETA



A poesiarte apresenta:Rodrigo Octavio Pereira de Andrade
(Rodrigo Poeta). Poeta, professor,pesquisador e cabo-friense.


Vejamos uma poesia de sua autoria publicada no Jornal O Popular da Costa do Sol de Iguaba-RJ:

"Para um lavrador"

Ah! Sou um lavrador
E agora tenho o que qualquer lavrador “tem”.
Tem roça e sítio,
Que é pequeno perfeitamente.
Sobe a ladeira e desce a ladeira...
Salta muita poeira...
Para não deixar que a minicultura se torne poeira.
Os proprietários moram em grandes casas nos centros urbanos;
Eles também fazem das fazendas um lugar sem alimento,
Só capim para todo lado.
E os lavradores vivem de pequenas roças de terra,
Dadas pelo “governo”.
Tiram onda de valentes;
Os matadores dos grandes proprietários de terras.
Isso é uma grande barreira feita só de guerras e conflitos,
Que está em nossa frente,
Onde a conversa se torna ausente.
Tem muita terra sem gente, sem alimento e sem sementes,
Mas tem terra para o capim podre e fraco do rico
E podre poderoso proprietário ou latifundiário.

Homenagem para Sebastião Lan - Na linguagem da terra!
20/06/97

(Poeta Rodrigo Octávio de Andrade)
*Poesia publicada no Jornal O Popular da Costa do Sol de Iguaba-RJ.

Publicado no Recanto das Letras em 07/06/2007
Código do texto: T518066

terça-feira, maio 22, 2007

POESIARTE EM FOCO DE FRANCCI LUNGUINHO


A poesiarte apresenta: Francci Lunguinho. Poeta carioca e principal articulador do site Crônicas Cariocas.

Vejamos uma poesia de sua autoria que se encontra no site Crônicas Cariocas:



"Guerra de Sangue"

Eu salvaria sua vida
se a mim ela valesse
um punhado de dor.
Eu regaria uma flor
solta no meu jardim
se danina fosse a flor.
Eu tentaria acordar cedo
se o trabalho fosse digno
e um amor tivesse tido
Não sou Deus nessa terra
de desprezo e mutilados.
Sou apenas um humano
alma e peito dilacerados.
Não há chance nessa guerra
de sangue dos condenados.
Rogaremos que nos tire, Deus
doutros sonhos conturbados.

(Poeta Francci Lunguinho)

http://www.cronicascariocas.com.br/poesias_francci_lunguinho.html

quarta-feira, maio 16, 2007

POESIARTE EM FOCO DE SÔNIA PORTO


A poesiarte apresenta: Soninha Ferraresi Porto. Poeta de Porto Alegre-RS.

Vejamos uma poesia de sua autoria:


"Quintana"


Esse velho que se arrasta,
Pelas praças, ruas da minha cidade,
As roupas cheias de traças,
Na cabeça as verdades.

Que agudeza de espírito!
Sutileza no olhar,
Quer ser maldito,
Mas trás leveza no ser, no seu andar.

Encanta-se com passarinhos,
Espanta-se com gatos,
Estranha-se com peixinhos,
Apaixona-se por sapatos.

Admira-se com os humanos,
Que beleza de amar!
Chama-lhes insanos,
Toca-lhes feridas, a bocejar.

Ô velho agudo, narigudo,
Ris de minhas banalidades?
Maquinas idéias com teus dedos pontiagudos,
Eu, capto a tropeçar na tua genialidade.



(Poeta Soninha Ferraresi Porto - fevereiro de 2006)

Publicado no Recanto das Letras em 19/10/2006
Código do texto: T267858

sábado, maio 12, 2007

POESIARTE EM FOCO DE RODRIGO POETA


A poesiarte apresenta: Rodrigo Octavio Pereira de Andrade (Rodrigo Poeta). Poeta, professor, pesquisador e cabo-friense.

Vejamos uma poesia de sua autoria publicada no Jornal O Popular da Costa do Sol de Iguaba-RJ:

"Villa Cândida"1


Villa Cândida, casa da família Terra,
Demolida em 1997 pelos incultos da terra,
Para à construção de um “shopping” de merda,
Pois na Villa Cândida morou o cronista Antônio Terra.

Villa Cândida, tu ficaste muito tempo
Em frente à praça Santo Antônio
Desamparada pelo descaso,
Que pôs o fim a ti, diante do desconhecimento.

Villa Cândida, casa do cronista
Das folhas de papel;
Bem poderia ser a Casa da Poesia,
Dos poetas dos versos escritos ao papel.

Enfim, lá se vai a Villa Cândida,
Diante dos oriundos olhares de tristeza,
Perante uma cultura perdida,
Destruída por incultos da vida.


Lá se foi, Antônio Terra...
Lá se foi, o cronista da terra...
Lá se foi, a Villa Cândida...
Lá se vai, a cultura de nossa história...

Lá ficam, os olhares de tristeza...
Lá fica, um “shopping” de merda...
Lá fica, uma crônica e compulsiva poesia...
Lá se vai e fica ao mesmo tempo, o cronista e o poeta...

04/06/00

______________
1 O poema “Villa Cândida” é recitado no relançamento do livro de crônicas de Antônio Terra, pelo membro da Academia Cabofriense de Letras e diretor do Jornal de Sábado, José Baptista Correia,que
leu o poema do poeta, em que encantou o sobrinho do saudoso Antônio Terra, Antônio Paulo Terra
Ruckect em 01/09/03. Graças a esse poema nasceu uma amizade entre o poeta e o escritor Antônio Paulo Terra Ruckect.

*Poesia publicada no Jornal O Popular da Costa do Sol de Iguaba-RJ.

terça-feira, maio 01, 2007

POESIARTE EM FOCO DE ANSELMO (LYON TWISTHER)


A poesiarte apresenta: Anselmo (Lyon Twisther). Um novo talento da poesia cabo-friense.


Vejamos um texto de sua autoria:

"Anja do Amor"

Pele branca,
Nuvens ao raiar do sol...
Nesse momento posso sentir,
Que quando você vai embora,
Eu sinto saudades de ti,
Pois você já faz parte de mim.

Tu és bela...
Tu és flor,
Que nasceu,
No jardim do amor.

Olhos verdes,
Janelas do meu amanhecer,
A natureza a saúda
Com a beleza de ser você.

Anja do amor,
O meu coração a ama.
Quem é esta linda menina?
Ela se chama...

(Anselmo Lyon Twisther)

quarta-feira, abril 25, 2007

POESIARTE EM FOCO DE DOROTY DIMOLITSAS


A poesiarte apresenta: Doroty Dimolitsas. Poeta natural do estado do Acre-AC.

Vejamos uma poesia de sua autoria:

"Alferes, o Tiradentes"

Joaquim José da Silva Xavier
Pois é,
Imagine como é que é.
Liberdade é a verdade conspirada.
Em ouro preto, (Vila Rica)

Alferes Joaquim José da Silva Xavier.
Liberdade, que há muito o povo quer,
Há muita luta.
Mas o político na disputa não escuta

Libertas Quae Seras Tamen
Que quer dizer:
Liberdade ainda que tardia,
Era isso que o povo queria.

Bandeira branca,
com o símbolo da santíssima trindade.
Com o triangulo.
Amor maior a irmandade.

Joaquim Silvério, traidor do País,
Fez muitos, dores passar.
Por ver esquartejar um mártir que quis gritar
Por seu país amar

Até hoje na luta suas marcas deixou
E o povo o amou e muito chorou
A luta não terminou apenas começou
Ninguém nunca imaginou, que o
Brasil um dia pensou.

O povo acordou e o seu voto vai usar
E do mau político vai se livrar
Por seu País amar.

(Poeta Doroty Dimolitsas)

sexta-feira, abril 13, 2007

ENTREVISTA COM BRUNO RIBEIRO


A poesiarte apresenta: Bruno Ribeiro de Lima. Jovem escritor cabo-friense.


*Autor do Projeto Culturartesperança:
Poeta Rodrigo Octavio(Rodrigo Poeta).

*Entrevista com o jovem escritor Bruno Ribeiro.

*Entrevista feita para o Jornal Culturartesperança em 2005.

*Entrevistado:
Bruno Ribeiro de Lima. 14 anos.Tuma:1001.

*Autoria da entrevista:
Diego Silva e
Vanessa Manhães.Turma: 1002

*Instituição escolar:
Colégio Municipal Professora Elza Maria Santa Rosa Bernardo de Cabo Frio-RJ.

1.Quando foi despertado em você o interesse pela escrita?

Bruno Ribeiro: Desde aos meus 4 anos, li alguns livros e despertei em mim o interesse de escrever.


2.Quantos livros você escreveu?


Bruno Ribeiro: Já escrevi dois e estou preparando o
terceiro livro de titulo “Ocorrido da rua 13”.

3.Quanto tempo levou para escrever cada livro?

Bruno Ribeiro: “Um crime quase perfeito” quatro
dias e “sob pressão” em um mês.

4.Quem te inspirou na historia de cada livro?


Bruno Ribeiro: Agatha Christie.


5.O que mudou na sua vida, após de ter escrito os seus livros?


Bruno Ribeiro: Eu passei a me interessar mais pela leitura e aprimorei o vocabulário.


6.Você tem o apoio dos seus familiares?


Bruno Ribeiro: Sim.


7.Pretende seguir a carreira de escritor?

Bruno Ribeiro: Bom, meu sonho sempre foi ser astrônomo ou físico, mas agora surgiu a idéia de escrever livros, então é uma profissão a pensar, pois não esperava receber tanto apoio da professora Helaine, da diretora Jocileia e do diretor da Ferlagos. Prefiro ter uma profissão e escrever livros por amor.

8.Qual é o livro que você leu e gostou?


Bruno Ribeiro: “Um pequeno príncipe” de Antônio Antoine de Saint-Exupéry.


9.Qual estilo de livros, que você mais gosta?


Bruno Ribeiro: Livros sobre mistério e sobre política.

10.A literatura é primordial para sua vida?


Bruno Ribeiro: Sim. A partir da literatura eu conheço o mundo sem precisar viajar.


11.Deixe uma mensagem?


Bruno Ribeiro: “A mais mistério entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia.”

terça-feira, abril 03, 2007

POESIARTE EM FOCO DE RODRIGO POETA


A poesiarte apresenta: Rodrigo Octavio Pereira de Andrade(Rodrigo Poeta). Poeta, pesquisador, professor e cabo-friense.

Vejamos um texto de sua autoria publicado no livro "Se eu pudesse" do Colégio Municipal Rui Barbosa de Cabo Frio-RJ em 1997:

"Clonagem poética"


Foi um clone poético

De linguagem que saiu através de um eco.

Foi um clone poético
Da filosofia do pensamento.


Clonaram as poesias...

Clonaram os sonetos...
Clonaram os versos...

Clonaram as estrofes...


Quem foi ?

Foi o poeta daquele FOI.

Foi de poesias encontradas em um OI.


Oi, clonado

Ou arranjado

De outro OI de uma poesia do poeta clonado.


(Rodrigo Poeta -18/06/97)

__________
O poema “Clonagem poética” integra-se ao livro de poesias do Colégio Municipal Rui Barbosa, livro de nome “Se eu pudesse” lançado em 24/10/97.

quinta-feira, março 15, 2007

ARTIGO DE RODRIGO POETA


A poesiarte apresenta: Rodrigo Octavio Pereira de Andrade(Rodrigo Poeta). Poeta, pesquisador e professor cabo-friense.

Vejamos um texto de sua autoria publicado no site Portal Lagos.net:



“O pluralismo lingüístico do início do século XXI”

Aprender um língua (idioma) de outra nacionalidade é muito importante, mas devemos antes é aprender a nossa língua e suas variantes.
Variantes regionais, coloquiais e codificadas no âmbito da nova onda, que é o pluralismo da internet.
Um pluralismo feito de códigos reduzidos, abreviados e modificados para facilitar a comunicação dinâmica e impulsiva, criada por uma massa de internautas, através de bate-papos, imails, orkuts e msns.
Conclui-se, que uma língua raiz hoje além de ser inovada com novos códigos neologistas, também é inovada ou melhor pressionada pela tecnologia, que é a matriz do novo momento.
Matriz essa criada pelo homem a adaptar-se ao meio do pluralismo comunicativo sócio-econômico e cultural.
Não devemos esquecer a raiz de todos os códigos, que é mãe desse pluralismo, a nossa língua culta e normativa.
Mãe, que está a evoluir ao lado da tecnologia, mas não se esquecendo de suas virtudes e morais lingüísticas de diacronia e sincronia da norma culta, tão castigada pelos estrangeirismos do sistema global em vigência.

(Rodrigo Octavio Pereira de Andrade – poeta, professor, pesquisador e
cabo-friense)

Publicada no site: www.portallagos.net