A poesiarte apresenta: Lúcio Sá é o poeta destaque da COMUNIDADE POESIARTE do mês de setembro.
*Nome: Lúcio Sá.
*Natural do Rio de Janeiro/RJ.
*Cidade que representa: Araruama/RJ.
*Atividades: Poeta e historiador.
-Vejamos a poesia de Lúcio Sá:
Política ou Político?
Ser ou não ser político eis a questão?
Mas o que vem a ser... Político? E o que seria... Política?
Será que a diferença é apenas no artigo?
Ou o final diferencia a semântica?
Temo a crer que poucos percebam a real diferenciação.
A política através da dialética, pensada por Platão, é ainda hoje realizada?
Questões são muitas... Respostas... Poucas postas à prática.
Mas quais seriam as conveniências das mudanças?
Devemos tentar chegar a uma conclusão, sem criar confusão;
Nas mentes dos simples que elegem seus representantes;
Crentes de poucas fés... Seguem andando cegos, guiados por maledicentes.
Sendo estes caolhos ornamentados como reis.
Ciclopes que só veem a estrada abaixo de seus próprios pés.
Ah! Maquiavel... Saudades tenho de ti. O verdadeiro Republicano.
Arruinado pelas verdades transmitidas, aos cegos que não sabiam ler.
Deturpado, transformado em maldoso professor de usurpadores.
Mas um dia há de acontecer, dos sete véus de Seth, por terra caírem.
Neste dia o mal será descoberto. Desnudando as verdades escondidas.
Ai então, veremos a face disfarçada, da verdade ocultada, pelos mentirosos de plantão.
Os homens são simples, como diz Maquiavel, e obedecem às necessidades presentes;
E completa dizendo: “quem engana sempre encontrará quem se deixe enganar”.
Pobres homens que vivem apegados as sua mazelas. Natural pode até ser;
Mas se recusar de ver as verdades expostas fora da caverna;
Preferindo olhar para as sombras mostradas pelos seus dirigentes;
É o mesmo que só querer perceber as constâncias e as regularidades inexistentes.
E seria possível alterar tais atitudes inerentes aos seres simplórios?
SIM! Digo eu. Mas tendo a concepção de Piaget, sem sermos pueril.
Somente o educador é capaz disso?
Digo NÃO! Já que os pais são detentores das verdades transmitidas aos seus rebentos.
A muito tempo se fala no pais do futuro. Sendo... Quem sabe... O Brasil.
Para tanto o pensamento do povo deve mudar, e só se transmitirmos novos valores.
No entanto, deve-se primeiro eliminarmos nossos pudores.
Parando de ser crente no futuro, tentando alterar o presente mutuo.
Percebendo que todos nós somos políticos, por tempo permanente.
E a Arte da política sendo inerente, mesmo aos que desconhecem, ignorando sê-lo.
Vamos todos de uma só voz, falarmos em política, como deve ser...
Como sonhavam os filósofos gregos, a democracia ao pé da palavra.
Sem que para tanto haja escravos, para trabalhar, enquanto outros ficam a dialogar.
Elaborando métodos de enriquecerem os cofres;
Pouco pudicos, já que na verdade não são públicos.
Seria se fossem distribuídas, aos necessitados, as riquezas lá depositadas.
Mas chega de argumentação, sei que de nada valerá, mais fácil é de eu apodrecer numa prisão.
Do que ver o mundo mudar. Se no passar temporal, nada ocorreu.
E já houve muitos outros que foram calados.
Que voz? Tenho eu? Para fazer ouvir os surdos.
Qual movimento faço? Para fazer os cegos enxergarem.
Pobre João Batista sou, gritando no deserto, comendo gafanhotos.
Sonhando um dia em batizar Jesus, crendo que ele nos arrebatará.
Levando-nos para a cidade celestial, nesta, políticos não haverá.
Será?
(Lúcio Sá)
3 comentários:
Estou muito emocionado por ter sido escolhido como o destaque deste mês. Obrigado a todos os que gostam de minhas poesias.
leio todos os seus poemas, são maravilhosos, sei que se esforça para escrevê-los e fico feliz pelo reconhecimento de tal ato...parabéns
Para um poeta o maior prazer não é o de escrever, é o de ser lido.
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