A SOBERBA
Existem pessoas que acham que estão acima
do bem e do mal. Fingem ser humildes, bons, mas o que querem mesmo é manipular
pessoas com o dom da palavra.
Usam a metáfora para enganar, ofender e
enfim para tirar...Fingem em ser surdos-mudos, cegos e alheios a tudo. Oferecem
as mãos para em troca ter as almas dos incultos. O poeta Ivan Junqueira em seu poema intitulado
Poder diz neste trecho: “O poder é assim: devasta, corrompe, avilta, enxovalha,
do reles pároco ao papa, e não há um só que escape ao seu melífluo contágio.”
Estas pessoas só pensam em si, são
vaidosas por natureza, adoram boicotar, atrapalhar e até fingem ser amigos para
depois jogar o seu veneno, através de um teatro no estilo grego em preces ao
deus Apolo, pois são marcadas pela rainha da Inveja.
São pecadores de Dante, vivem a usar seu
poder para comprar almas, mas se descontrolam quando se encontram com forças
mais poderosas do que eles.
Em outro trecho do poema de Ivan
Junqueira diz: “Tem o poder muitas faces: a que se crispa, indignada, a que te
olha de soslaio, a que purga e chega às lágrimas, a que se oculta, enigmática.”
Quando estas pessoas não conseguem
comprar as pessoas que possuem o poder do saber, que se resplandece no
horizonte da simplicidade aos olhos de uma águia, enfim tentam de tudo para
derrubar e até matar a águia que esta em cada pessoa que possui este poder do
bem.
A soberba camufla o rancor destas
pessoas, que por natureza chegam ao lugar que estão pisando em outras como
meras formigas operárias. Outra vez no poema de Ivan Junqueira vemos isto
claramente: “O poder é aquele pássaro que te aguarda sob os galhos. Tudo ele dá,
perdulário. De ti quer apenas a alma. Por inteiro. Ou a retalho.”
Estas pessoas não atendem telefones, não
respondem e-mails, fazem de tudo para se mostrarem ser donos de um reino que não
existe. O grande Millôr diz: “Como são admiráveis as pessoas que nós não
conhecemos bem.”
Conhecer estes indivíduos incomoda demais
as pessoas que possuem uma águia dentro delas e não um anjo do mal a espreita
do sangue e do suor dos pobres de espírito e dos pobres de fé.
No livro A Arte da Guerra do
chinês Sun Tzu neste trecho diz: “Os espiões são os elementos mais importantes
de uma guerra, porque neles repousa a capacidade de movimentação de um exército.”
O sábio que incomoda o soberbo usa da tática
dos espiões para vencer a soberba. Ser transparente incomoda os soberbos, ser
honesto muito mais, se culto mais ainda, ser forte então...não há palavras. Eles
dão migalhas aos fracos corvos, para tentarem desarticular o voo da águia.
O problema é quando os soberbos estão
fantasiados com pele de cordeiro para destruir uma glória feita por águias do
bem dentro da mesma casa.
A soberba é uma doença que desgraça o
mundo através da intolerância, falsidade, vaidade e egoísmo. Os soberbos só
querem o material e esquecem seu espírito, quando estão chegando ao fim de sua
jornada clamam a Deus por perdão pelas maldades concretizadas num barroco feito
por versos de Gregório de Matos, o Boca do Inferno.
Presidente Rodrigo Octavio
Pereira de Andrade
Academia Cabista de Letras, Artes
e Ciências de Arraial do Cabo/RJ
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