THIAGO DE MELLO: O POETA MILAGREIRO
Lendo o livro do poeta Thiago de Mello
intitulado Campo de Milagres, vi a
luz da simplicidade em seus versos: “A
luz da inteligência é a lucidez”.
Um misto de prosa poética cantada aos sons dos
passarinhos da Amazônia ao olhar de versos transparentes como sua alma: “...o uirapuru só canta/ quando precisa
cantar.”
Um livro que perpetua a palavra
simplicidade. Uma palavra rara nos dias de hoje, mas viva em corações puros e
que vivem em esplendor com a natureza divina: “O desenho colorido/ dá nome ao pássaro mágico./ Nome e alma. Uma
banda-de-asa/ dançando ensina: o ser vivo/ carece da de outra metade.”
Campo de Milagres,
mostra o milagre maior, o dom de se fazer poesia. Fazer poesia por prazer, em
sintonia com os encantamentos da floresta e das belas coisas da vida: “Que a flor só passa a ser rosa/ e só atende
e só vem cheirosa/ quando a poesia a chama pelo nome.”
A serenidade do olhar do poeta faz
com que o rio siga em mão dupla, onde as mazelas são levadas pela simplicidade
de viver plenamente e vice-versa. Numa profunda reflexão sobre a vida, entre o
canto do uirapuru na floresta a falta de luz do homem pela própria floresta.
Afinal o poeta trabalha não para si, e
sim para o seu leitor, que espera por palavras que possam trazer um grande
milagre no seu campo, que é a VIDA!
Rodrigo Octavio Pereira de
Andrade (Rodrigo Poeta)
Presidente da Academia Cabista de
Letras, Artes e Ciências de Arraial do Cabo/RJ.
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