quarta-feira, outubro 29, 2025

Entrevista com a Secretária Executiva do GLIP Lucy Chagas por Anthony Rasib


 

ENTREVISTA EXCLUSIVA


Organização: Grêmio Literário Internacional Poesiarte (GLIP)


Convidada: Lucy Chagas (Secretária Executiva do GLIP)


Entrevistador: Anthony Rasib (Diretor de Marketing e Intercâmbio Internacional do GLIP)


1. Como você define a missão essencial do GLIP no cenário literário atual, e qual é o maior diferencial que o Grêmio traz para os poetas e escritores?


Lucy Chagas: O GLIP tem como missão essencial unir pessoas através da literatura, desta forma, há espaço para que cada voz encontre seu lugar e seja ouvida. Mais do que divulgar obras, o Grêmio cria pontes entre gerações, estilos e culturas e valoriza tanto o escritor experiente quanto aquele que está começando. Acho que o grande diferencial é esse acolhimento: todos têm oportunidade de mostrar seu talento, trocar experiências e crescer juntos. E é um ambiente de incentivo onde todos têm seu próprio espaço na Literatura.


2. O que a atraiu ou a motivou a integrar-se ao GLIP (Grêmio Literário Internacional Poesiarte)?


Lucy Chagas: Me motivou muito o convite da minha tia, a Acadêmica Fabiana Batista Coelho. O incentivo dela e do nosso Presidente Rodrigo foram muito importantes para minha entrada no GLIP.


3. Qual é a sua profissão e de que forma você integra ou aplica a literatura nela?


Lucy Chagas: Sou professora e Psicopedagoga. Aplico a Literatura na sala de aula, lendo os contos infantis para as crianças e as incentivo a ler e escrever vários tipos de texto. Porém, neste momento não estou trabalhando como professora, mas estou me preparando para voltar a lecionar no ano de 2026.


4. No meio de tantas publicações, como um novo escritor ou poeta pode encontrar e manter uma "voz" autêntica e distinta que não se perca nas tendências do momento?


Lucy Chagas: Acredito que a autenticidade vem quando o autor escreve o que realmente sente. É claro que ler muito e se inspirar faz parte, mas sem perder a própria essência. Quando o texto vem de um lugar verdadeiro, por exemplo, das vivências, das dores e das alegrias de quem escreve, ele se destaca naturalmente, porque carrega a identidade do autor.


5. A Poesia tem um papel ativo na sociedade atual? Você vê a literatura como uma ferramenta de mudança social e política, ou sua força reside na transformação individual?


Lucy Chagas: Vejo a poesia como uma força que atua nos dois campos. Ela transforma o indivíduo, desperta sentimentos e faz refletir, e, quando isso acontece, a mudança social vem como consequência. Uma sociedade só muda quando as pessoas mudam por dentro. A poesia é uma forma delicada e poderosa de tocar consciências.


6. Qual foi o primeiro livro ou obra literária que tocou profundamente a sua vida e que tipo de sentimento ou despertar ele provocou?


Lucy Chagas: Tocou profundamente minha vida a obra literária Mar Morto, de Jorge Amado. As histórias do Cais da Bahia, os pescadores, o romance de Guma e Lívia, o amor que Esmeralda sentia por Guma. Esta obra foi retratada na novela Porto dos Milagres da TV Globo. Incentivou Dorival Caymmi com a canção É doce morrer no Mar. Então esta obra despertou a minha vontade de ler cada vez mais outras obras de Jorge Amado e de outros autores também.


7. Quais trabalhos literários (sejam eles próprios ou em colaboração) você participou, direta ou indiretamente?


Lucy Chagas: Participei de duas Antologias com meu amigo Bruno Black e vários outros escritores pela Editora Conejo em 2023 e 2025 (Se tens um Dom seja, em 2023, e Clube das Palavras, este ano de 2025). Essas Antologias foram lançadas na Bienal do Livro do Rio De Janeiro. Participei também de uma Antologia infantil pela Editora Panóplia que será lançada.


8. Qual é o papel fundamental dos pais e educadores na introdução da literatura e da arte na vida das crianças e dos adolescentes?


Lucy Chagas: Pais e educadores são os primeiros mediadores na vida das crianças e dos adolescentes. São eles que abrem a porta para o mundo da imaginação e da sensibilidade. Quando uma criança cresce cercada de histórias, livros e arte, ela desenvolve empatia, criatividade e senso crítico. É um presente que se leva pra vida inteira. Por isso, incentivar a leitura desde cedo é mais do que ensinar a ler, é ensinar a sentir.


9. Qual é o papel do Estado ou do setor público na promoção e no fomento a uma educação de melhor qualidade?


Lucy Chagas: O papel do Estado é fundamental, porque a educação de qualidade precisa ser acessível a todos, e isso depende de políticas públicas sérias e continuadas. Investir em escolas, professores, bibliotecas e projetos culturais não é gasto, é investimento no futuro. Pois uma sociedade que valoriza a leitura e o pensamento crítico tem mais chances de evoluir de forma justa e humana.


10. Em sua visão, o que faz uma obra literária sobreviver ao teste do tempo e manter sua relevância para gerações futuras?


Lucy Chagas: Acredito que uma obra sobrevive quando fala de sentimentos universais como amor, dor, esperança e fé de um jeito genuíno. As épocas mudam, mas o coração humano continua o mesmo. Quando o autor consegue traduzir a alma humana em palavras, sua obra se torna eterna.

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