A poesiarte apresenta: Éric Meireles de Andrade. Poeta e ativista cultural. Nascido em 01 de outubro de 1973 na cidade de Caratinga-MG.
-Vejamos uma entrevista feita por Rodrigo Poeta ao poeta Éric Meireles:
1-Como você começou a gostar de poesia?
R.: Aos 9 anos (1983), recitando "Deus" de Casimiro de Abreu, no Colégio Machado Sobrinho (Juiz de Fora-MG). Fiquei tão emocionado que "declamei" um poema que fiz naquele momento. Foi massa!
2-Quem incentivou você?
R.: Indiretamente meu pai, devido ao gosto e incentivo que dava pela leitura. Diretamente foi a Literatura Brasileira (principalmente a contemporânea).
3-Que tipo de poesia você mais gosta e prefere fazer?
R.: Gosto de escrever tudo sobre presente (amores, luta, filosofia, volúpia, cotidiano, prazer, etc).
4-Qual o seu estilo de fazer poesia, ou seja, qual modo em que você faz a poesia?
R.: Escreve versos livres, diretos e simples, como catalisadores de metáforas.
5-O que representa ser poeta para você?
R.: Representa uma oportunidade de escrever em versos sobre o mundo e as coisas. Falar do que descubro e denunciar o que condeno. Representa também minha responsabilidade de estar mais próximo do povo e da cultura brasileira.
6-O que representa a poesia para você?
R.: Representa a expressão mais livre da literatura: subjetiva em construção e sentimento; contemplativa, reflexiva e anti-racionalista; inimiga mordaz do status quo e uma construção que não se obriga a temporalidades nem enredos.
7-Quais os grandes ícones da poesia brasileira e mundial, que agrada mais você?
R.: Mário de Andrade e Pablo Neruda.
8-Você já participou de recitais de poesia? Se participou cite alguns de grande importância?
R.: Sim. Sarau do Genestra (São Paulo/ abril de 2006). A Confraria dos Poetas entidade que faço parte, faz uns 4 saraus por ano.
9-Qual a sua visão sobre a cultura principalmente no campo da literatura?
R.: Cultura é o modo de se fazer e refazer, produzir e reproduzir, seja no plano material ou imaginário de um povo. A literatura é uma linguagem da cultura expressa especialmente pela escrita.
10-Você já publicou algum livro? Se já, cite o nome dele e o ano em foi publicado?
R.: Sim. "Fragmentos da Poesia Marginal" pela Ed. Libra Três em novembro de 2006 e "Confraria dos Poetas - Uma Antologia" - Lançada em São Paulo-SP na Casa das Rosas.
11-Você já fez algum projeto ou participou de algum em referência a poesia?
R.: Sim. Faço parte de uma organização nacional de poetas chamda "Confraria dos Poetas".
12-Qual a poesia sua em que você mais possui afeição?
R.: De todas, mas de lambuja deixo um poema epicureu.
A Natureza das Coisas
A natureza das coisas
Está na beleza do simples,
É a ousadia da comunhão entre os homens
E tem o doce sabor do amor e da amizade.
A natureza das coisas
Tem a união de pequenas partículas
Que se transformas em montanhas,
Está na inteligência decodificada da virtude
E é a coragem de lutar com ternura.
A natureza das coisas
Está também na importância do vazio
É a racionalidade cotemplativa vencendo os templos
E não temer a morte,
Que a vida traz sempre consigo no bolso.
A natureza das coisas
Está nos anseios do avaro e do humilde
É a contramão da bonança e da miséria
E tem lápides escritas com o sangue dos tolos e dos
Sábio...
...como dizia Demócrito antes de Cristo,
A natureza das coisas
Está na bondade dos homens que dormem tranquilos
E no caminho sujo daqueles que acompanham os porcos...
(Éric Meireleres de Andrade).
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