*Arte de Ceó Pontual de Recife/PE.
A PALAVRA E O NATAL
Joaquim Moncks
Tenho, por opção estética, que texto e imagem são peças autônomas. É quase sempre inoportuno para o poema o aporte gráfico imagético. Se, acaso congeminadas, a imagem prevalece aos olhos, ofuscando a Palavra – que não tem o brilho das figuras – diferentemente do que ocorre com a Música, que cria o clima utilizando os ouvidos e não os olhos. Normalmente nos sensibilizamos mais facilmente com o som e a impressão visual resta ofuscada. Daí que a Poesia perde em muito a sua sedução. Somos todos, no caso, audição... Ao demais, é natural que o poético passe a ser secundário na composição musical. Desta sorte, há que se ter cuidado com ambos: o figurativo e o aporte musical. O poema vai perder o seu peculiar mistério de som e vocábulo. Se bem que pode virar fada ou borboleta e vir a ser o condão dos dias... Veja-se o tempo de Natal: até a poeira das estradas canta jingle bells...
*Joaquim Moncks - poeta gaúcho, ativista cultural, acadêmico de várias entidades no Brasil e grande estudioso da arte poética.
– Do livro O NOVELO DOS DIAS, 2010.
http://recantodasletras.uol.com.br/natal
Um comentário:
Amigo Rodrigo Poeta! Quem dera eu pudesse vir a ser um ajudante, quanto mais um "Mestre dos Pampas do Sul". Temos tanta gente boa aqui no Sul, na área da Poesia! Gente para a qual podemos "tirar o chapéu" como faz o Raul Gil no segmento "Música". Porém, sei de teu coração magnânimo, de tua cuca sempre convidativa ao poema, à prosa, à mensagem plena de refúgio para o coração ansioso, por isso credito a tudo isso tuas reiteradas atenções para comigo... Claro que sou um 'condenado ao pensar e à experimentação. O meu texto é fruto de amor ao leitor e é a ele dirigido. Às vezes, a gente acerta, e a palavra surge vestida de beleza e de emoção. Minha felicidade, então, é dupla... Como neste momento em que compartilho contigo o espírito natalino e de festas de fim de ano e os signos verbais saem carregadinhas de Amor. Deus te guarde e que tenhas um ótimo 2011. Que eu possa sempre vir a ser merecedor de tua Amizade, de tua atenção para com o teu semelhante condenado à Palavra e à fantasia do viver em nada hostil, bem diferente da realidade cotidiana. Abração do poetinha do Sul, o Joaquim Moncks.
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